Redação prova simulada A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

1. fugir ao tema ou que não atender ao gênero solicitado.

2. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

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TEXTOS MOTIVADORES

Texto I

ECO E NARCISO

— Não aguento mais essa tagarela da Eco – segredou um dia a deusa dos bosques a uma das suas ninfas.

De fato, não era só Diana que não suportava mais o falatório da ninfa. Nenhuma das suas amigas podia mais vê-la pela frente sem fugir de sua língua incansável. Apesar de ser tão bela quanto a mais bela das ninfas, Eco tinha a mania incontrolável de falar pelos cotovelos.

[…]

Mas Eco não se corrigia e prosseguia falando, até a exaustão. Um dia, porém, meteu-se com Juno, a esposa de Júpiter, e isso foi a sua ruína.

[...]

— Porque pretendeu me fazer de boba, a punirei, fazendo com que nunca mais possa dizer nada a não ser as últimas palavras que escutar – amaldiçoou Juno.

— ... as últimas palavras que escutar... – repetiu Eco, em cuja boca o feitiço já começava a atuar.

[…]

Assim vagou a ninfa por entre os bosques durante muitos anos, até que um dia, caminhando pelas montanhas, encontrou Narciso, um jovem caçador […]. Seguiu-o por um longo tempo, imaginando qual o melhor meio de se aproximar dele, até que, ao pisar num galho solto, despertou finalmente a atenção do moço.

— O que foi isto? – perguntou o rapaz. – Há por aqui mais alguém?

— ... mais alguém... – repetiu Eco.

— Chegue mais perto – disse Narciso, sem ver ninguém.

— ... mais perto... – disse Eco e mostrou-se, finalmente […].

— Diga-me, ninfa, como faço para sair daqui?

— ... sair daqui – replicou Eco […].

Não podendo expressar com suas próprias palavras o seu amor […], lançou-se para ele num frenético abraço. […]

— O que está fazendo? – exclamou Narciso, atirando-a ao solo com um empurrão.

— Não quero o seu amor!

— ... quero o seu amor... – repetiu a ninfa, vendo Narciso dar-lhe as costas […].

[…] a pobre ninfa recolheu-se para o interior de uma caverna no bosque. Ali, após enfadar durante longos anos as paredes da gruta com seus lamentos e lágrimas, viu seu corpo, aos poucos, dissolver-se na escuridão da caverna, até passar a fazer parte dela. Da pobre ninfa só restou sua voz cava e profunda, a repetir sempre as últimas palavras que os passantes pronunciassem.

FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, C. As 100 melhores histórias da mitologia. Porto Alegre: L&PM, 2007. p. 111-112.

Texto II

O NASCIMENTO DO MUNDO

Nada ainda existe no mundo a não ser Nun, o grande oceano primitivo que um dia será chamado pelos sábios de “sagrado Nilo”. Ao seu redor, reinam o silêncio, as trevas e o caos infindo, não havendo ainda olho humano […].

E então, inesperadamente, o grande mistério acontece: Nun começa subitamente a mover-se, despertando, enfim, de seu longo sono primordial. […]

Aos poucos a força vital de Nun começa a operar, e das profundezas do mar revolto surge lentamente uma pequena ilha envolta pelo impenetrável manto da escuridão. […] Brotada no centro dessa pequena ilha, ergue-se, aos poucos, uma pequena flor de lótus […], do centro da flor […] forma-se, finalmente, a figura soberana de uma nova e luzente divindade. Alguns a chamarão de Rá, outros, de Amon, e ainda outros, de Amon-Rá […].

A nova divindade emerge de seu delicado leito estendendo seus raios flamejantes pela terra inteira […] até que tudo se torna claro o bastante para que se possa separar a luz da treva. […] os olhos de Rá nublam-se de luminosas lágrimas […]. Uma gota cristalina desliza e cai de seus olhos brilhantes […]. Dessa gota divina, um dia, surgirá a humanidade.

FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, C. O nascimento do mundo. In: As melhores histórias da mitologia egípcia. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2006. p. 9-10.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Crie uma personagem fictícia imaginando onde ela mora, o que faz, com quem interage e qual fenômeno natural ou comportamento humano é ligado a ela. Em seguida, pense que ela seja responsável por esse comportamento, situação ou fenômeno que você imaginou e redija um conto mítico que narre como sua personagem deu origem a isso.